Por Silvano Tarantelli
Esse negócio da CPI do Cachoeira esta parecendo o caso da
raposa cuidando do galinheiro. O PT e partidos da base aliada querem manter o
controle da comissão para que no final as conclusões absolvam quem de seu lado
está envolvido.
Querem também restringir as investigações às relações do
contraventor com os parlamentares sem envolver as empresas, para livrar a cara
da Delta, que detém contratos bilionários com Brasília.
Impressionante como o governador do Distrito Federal, Agnelo
Queiroz, tem o seu nome associado a casos recentes de corrupção. Aliás, ô
herança maldita, essa. Brasília parece um pântano e não é de agora. Acumula
sujeira nos últimos governos, principalmente ao que antecede Queiroz, o de
Joaquim Roriz.
Para tanto lixo não há Delta (o grupo cuida de retirar os
restos do consumo dos lares brasilienses) que dê conta. Quem sabe por isso
mesmo cobre tanto para cumprir o seu contrato.
A convocação da CPI foi estimulada pelo ex-presidente Lula
e, segundo consta, também por Dilma. Dizem que pode ser um tiro no pé do
próprio governo. Para a atual presidente, reforça o marketing que vem sendo
alimentado de uma espécie de nova caçadora de marajás. Tudo mundo se lembra o
que aconteceu com o original.
Dificilmente, Dilma com o prestígio de 77% do eleitorado,
segundo pesquisa recente acabará assim. Mas também como assinalou o senador
Delcídio Amaral (PT-MS), até parece que o Planalto trabalha para querer abaixar
esses índices de aprovação.
A intenção é a CPI responsabilizar alguns personagens
pinçados da oposição como o governador de Goiás, Marcondes Perillo, mesmo que
signifique respingar sobre quadros do PT, num espécie de canibalismo, mas
também para espiar pecados maiores, como o próprio mensalão.
Vão-se os aneis permanecem os dedos. Como afirmou o colunista Xixo Sá no twitter,
o mensalão pode não existir mas que provoca efeito no nosso bolso, isso sim.
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