sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Por falar em coisas duradouras

Por falar em coisa duradouras, não posso deixar de lembrar Cazuza: "meus heróis morreram de overdose (JJJ, Jim, Jimmy, Janis), Dean se foi cedo mas por acidente automobilístico, Elvis, mais velho, chapadão, Lenon assassinado por um idiota, "meus inimigos estão no poder"(Sarney e Maluf, ad eternun). As mudanças históricas parecem demorar uma eternidade para acontecer, mas são apenas um lapso no tempo, apenas algumas gerações, assim como a Revolução Francesa, ideias como liberdade de opinião e de expressão, direito de voto, demoram para se consolidar, a noção de democracia e de liberdade, hoje são realidade, não em todos os cantos do mundo, mas na maioria das nações. Como Bobbio penso que o desafio da humanidade é conciliar liberdade com igualdade, aquilo que os socialistas revolucionários não conseguiram consolidar. Para mim, a Revolução Russa foi tão importante quanto a Revolução Francesa, que também teve o seu período de barbárie, cortando cabeças na guilhotina de montão. Ali se conseguiu atingir um certo nível de igualdade, oferecer ao povo seguridade social, ao custo da liberdade individual. Um dia o homem vai conseguir liberdade com igualdade social. Oxalá.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tão perto que parece que vai bater


Asteroide passa muito perto da Terra nesta sexta-feira

O asteroide 2012 DA14, de 45 metros de diâmetro, vai estar a apenas 27.650 quilômetros do planeta. Apesar dessa distância mínima recorde, não existe p

O asteroide 2012 DA14, de aproximadamente 45 metros de diâmetro, foi descoberto há cerca de um ano por astrônomos no observatório de La Sagra, no sul da Espanha. Naquele momento, ele estava cerca de quatro milhões de quilômetros longe da Terra. Mas, nesta sexta-feira (15/02), o corpo celeste passará a apenas 27.650 quilômetros do planeta – um recorde para asteroides desse tamanho.
A distância é menor do que a dos satélites artificiais que orbitam a Terra e também inferior à alcançada por outros corpos celestes que já passaram perto do planeta. Mas os especialistas da agência espacial norte-americana Nasa garantem: um choque com o globo terrestre está fora de cogitação. E também é extremamente improvável que o asteroide cruze a rota de satélites.

Eterno enquanto dura, diferente com o passar do tempo

"O amor nos tempos do cólera", de Gabriel Garcia Marquez, é um dos livros que mais gostei (Dom Quixote, de Cervantes, para mim, é imbatível e gosto de mais das obras de Eça de Queirós). É a incrível história, como só Gabo sabe escrever, de um trio amoroso, formado por casal fiel até morrer e um personagem que espera o tempo todo para ficar com a mulher que ama quando o marido se vai. A história é sobre a duração do amor. Muitos acham que ele não é para sempre. O poetinha Vinicius dizia que o amor é eterno enquanto dura. Mas ele pode durar pra sempre? Me parece que sim. Eu estou há 25 anos com a mesma mulher. Antes disso, me parecia que o amor não podia ser eterno. E 25 anos é uma vida inteira. Muitos dos meus heróis do rock and roll duraram apenas 27 anos (Jimmy Hendrix e Jim Morrison). Dura para sempre? Pode ser. Pra mim o amor não continua o mesmo, é sempre diferente o sentimento que se cultiva com o tempo.

Ranking mostra que liberdade de imprensa corre perigo no Brasil

Jornalistas brasileiros correm risco de morte no exercício profissional

Ao lado do Equador, o Brasil faz parte de uma reduzida lista de dez países do mundo, elaborada pelo Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, em inglês), onde a liberdade de imprensa corre perigo.
O CPJ divulgou nesta quinta-feira (14) em Nova York seu relatório anual "Ataques à Imprensa" no qual denuncia "um aumento sem precedentes no número de jornalistas assassinados e presos no último ano" e uma "legislação restritiva e censura estatal" que colocam em risco o jornalismo independente.
Quanto à lista de "Países em Risco", que identifica os dez Estados do mundo onde a liberdade de imprensa enfrentou maiores perigos em 2012, o Comitê incluiu Equador, Brasil, Síria, Somália, Irã, Vietnã, Etiópia, Turquia, Paquistão e Rússia.
Para produzir a lista, o CPJ examinou seis indicadores de liberdade de imprensa: mortes, prisões, legislação restritiva, censura estatal, impunidade nos ataques contra a imprensa e quantidade de jornalistas exilados.
No caso do Brasil, o Comitê denunciou os "altos índices de assassinatos e impunidade" arraigados no país, assim como um "padrão de censura judicial". O relatório destaca ainda a cadeia de comunicação que funciona no Brasil.
— Os obstáculos no Brasil são, em particular, alarmantes, dada a sua condição de líder regional e sede de uma vasta e diversa rede de meios de comunicação.
Em dezembro passado, o Comitê havia constatado a "preocupante alta" dos casos de jornalistas mortos de maneira violenta no Brasil, que registrou em 2012 quatro casos, seu maior número em mais de uma década.


Abaixo-assinado virtual pede a saída de Renan Calheiros

A adesão à campanha foi de mais de 1.5 milhão de assinaturas

Abaixo assinado virtual foi criado em 1º de fevereiro para pedir a saída do peemedebista da presidência do Senado. Número é quase o dobro de votos obtidos pelo senador em 2010.
A petição on-line criada para pedir a saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado ultrapassou nesta quinta-feira, dia 14, a marca de 1,5 milhão de assinaturas. O número é quase o dobro dos votos obtidos pelo peemedebista nas eleições 2010. Na oportunidade, Renan foi eleito com 840.809 votos.
Criada pelo representante comercial Emiliano Magalhães Netto, 26 anos, minutos depois da vitória de Renan na eleição do Senado, a petição atingiu em oito dias a marca de 1 milhão de assinaturas. Na segunda-feira, dia 11, 1,3 milhão já tinham assinado, representando cerca de 1% do eleitorado brasileiro.
Ao atingir o número de assinaturas virtuais, a petição ajuda a colocar pressão política no mandato do peemedebista. O recado de parte da sociedade, insatisfeita com a escolha de Renan para o cargo, pode gerar um movimento dentro da Casa que resulte em um processo contra o senador alagoano no Conselho de Ética.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A bronca do padre Djacy


O padre Djacy Brasileiro se define como sertanista. Ele é da Paraíba, lutador, às vezes acusado de se autopromover com a sua briga. Mas na verdade é defensor intransigente de seu povo. Quando se trata de denunciar os efeitos maléficos da secular Indústria da Seca, é com ele mesmo. "Estamos vivendo uma situação de flagelo humanitário e ambiental na Paraíba. É um cenário devastador. A seca arrasa, devasta e mata", denuncia Djacy. Os culpados são o governo, que só oferece paliativos, e os políticos nordestinos que não tomam atitudes. Estes últimos, segundo o padre, são os maiores beneficiários. Por isso, a indústria da seca está "a pleno vapor" porque se aproxima a época das eleições. Já as obras de transposição das águas do Rio São Francisco, consideradas por ele a solução para a seca que assola a região, estão paradas. "Até que no governo do Lula elas estavam sendo tocadas, mas no governo da Dilma estão a passo de tartaruga". Djacy critica os programas de distribuição de renda. "Eu pergunto para as pessoas, quanto entra de dinheiro na casa de vocês e elas me respondem às vezes R$ 100, R$ 200 e até R$ 300. E o que dá para fazer com esse dinheiro? Elas me respondem: dá para fazer a feira para uns 20 dias". São paliativos que para o padre não resolvem o problema do povo. Outra crítica é quanto a atenção que se dá para a Copa do Mundo 2014. Mesmo deixando claro que não é contra a sua realização, Djacy afirma que está se fazendo uma inversão de valores. Para ele, a prioridade é o ser humano. Enquanto isso, de acordo com Djacy, são 12 milhões de brasileiros ameaçados pela fome e pela sede, na maioria produtores rurais da cultura da subsistência, que plantam o que come, quando podem, e não sobra nada para vender. "Até o mandacaru, que é a planta mais resistente do sertão, está morrendo", afirma Djacy, que esteve em São Paulo há poucos dias. Ele continua a sua peregrinação. Djacy é brasileiro e tão forte quanto o mandacaru.

San Francisco