A situação política no Planalto parece aquele caso do sujeito que passa pela represa e vê a água vazando por um buraco na contenção. Desesperado, põe o dedo para tapar o buraco, mas logo a força da água abre outros buracos e ele não sabe o que fazer para evitar o rompimento da barreira.
As demissões dos líderes do Governo,
Romero Jucá, no Senado, e Cândido Vacarezza, na Câmara, feitas, ao que tudo
indica, de modo intempestivo, aumenta o descontentamento da base aliada no
Congresso. Para alguns analistas, a presidente Dilma Roussef está desemparada agindo sem
os conselhos de Lula, e seguindo os seus instintos. "Falta experiência política à presidente", dizem outros.
Cá com os meus botões, imagino se não é
uma jogada de marketing ou necessidade de afirmação da mandatária: "aqui mando
eu”.
Dia atrás, Dilma lembrou ao presidente do PMDB, Michel Temer, “esse é o nosso governo”.
A crise começou, como se lembra, com a revolta da bancada do partido de Temer, que
barrou a nomeação de um indicado do governo. Mui amigos.
Segundo dizem, Dilma rompeu com várias regras de
convivência política entre díspares. Os líderes foram avisados da demissão pela
imprensa, sem nomeação dos sucessores.
Resta saber se os novos líderes terão
habilidade suficiente para conter o vazamento da represa e se há gente disposta
a ajuda-los.
Uma coisa é preciso reconhecer: Lula fazia com maestria esse jogo de
acomodação de forças políticas tão dispares umas das outras.
Para Dilma, o
mestre faz uma falta!!!
Vida difícil...
... Essa da presidente.
Dilma passou o ano inteiro de 2010, desde a sua posse, às voltas com demissões de ministros. Cada figura e cada escândalo!
Nem bem começou e o novo líder no Senado, Eduardo Braga (PMDB), está sendo acusado de se beneficiar do superfaturamento de um terreno, quando era governador do Amazonas, comprado por R$ 400 mil e desapropriado por R$ 11 milhões. Haja valorização. Será a bolha imobiliária de que tanto falam?
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